Mononucleose infecciosa

A mononucleose infecciosa, também conhecida como “doença do beijo”, é uma infeção contagiosa viral causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), que é um tipo de herpesvírus chamado herpesvírus 4.

Transmissão

 Se transmite principalmente através do beijo.

Outra forma de transmissão é através da inalação de gotículas de saliva que são liberadas no espirro e na tosse e compartilhamento de copos e talheres contaminados.

Normalmente o tempo entre a infecção/contaminação e o aparecimento dos sintomas é de 30 a 50 dias. Esse intervalo é chamado de período de incubação.

Após a infecção inicial, o VEB permanece no organismo, principalmente nos glóbulos brancos do sangue, durante toda a vida.

Sintomas 

  • Febre
  • Gânglios (nódulos) palpáveis no pescoço
  • Fadiga
  • Inflamação e dor na garganta com dificuldade para engolir
  • Dores musculares
  • No corpo: calafrios, mal-estar, perda de apetite e suor noturno
  • Também é comum: dor de cabeça, fraqueza, irritação na pele, sensibilidade ou sonolência.
  • Aumento do baço. em aproximadamente 50% das pessoas com mononucleose infecciosa.

Quais os primeiros sintomas da Mononucleose?

Em geral, os primeiros sintomas são indisposição e febre baixa, acompanhados de dor de garganta, aparecimento de gânglios no pescoço e fadiga intensa principalmente durante as primeiras duas a três semanas após o início dos sintomas, podendo persistir por meses.

Diagnóstico

É feito pelo clínico geral ou infectologista através do exame físico, avaliação dos sintomas e exames de sangue.

Exame físico 

  • Verificar o aumento dos linfonodos no pescoço
  • Verificar o aumento do fígado e baço (hepatoesplenomegalia)

Anamnese 

  • Avaliação dos sintomas apresentados e histórico de saúde do paciente. Os sintomas mais comuns são cansaço intenso, febre , dor de garganta e aumento dos linfonodo pescoço.

Exames de sangue

  • Hemograma para verificar o aumento dos linfócitos e a presença de linfócitos atípicos 
  • Sorologia para EBV/mononucleose para detectar a presença de anticorpos contra o vírus Epstein-Barr (EBV) 
  • Outros exames laboratoriais para identificar alterações compatíveis com a mononucleose 

O diagnóstico de mononucleose pode ser tardio porque os sintomas mais comuns são semelhantes aos de outras doenças. 

Tratamento

Não existe tratamento específico

  • Repouso
  • Analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) para dor e febre.
  • Corticosteroides para tratamento das complicações.
  • Antivirais atuais tem pouco efeito e não devem ser utilizados.

Como saber se já tive contato com o vírus Epstein-Barr (EBV)?

Através da pesquisa de anticorpos IgG.

Um resultado de IgG reagente para o vírus Epstein-Barr (EBV) indica que a pessoa já teve contato com o vírus. 

O que é o IgG? 

  • O IgG é um anticorpo que surge na fase aguda da infecção pelo EBV, duas ou três semanas após o contato com o vírus
  • Os níveis de IgG podem cair gradualmente ao longo de alguns meses
  • O IgG permanece no organismo por toda a vida, conferindo imunidade

Prevenção

Não existe vacina contra o vírus EBV, portanto, ainda não há uma forma efetiva de prevenção contra a Mononucleose. 

É importante manter a imunidade alta com alimentação saudável, atividade física regular, sono e hidratação adequados.

A mononucleose causa afastamento do trabalho?

A duração da doença varia dependendo de vários fatores como idade, imunidade, diagnóstico de doenças crônicas e doenças autoimunes, etc.  A fase aguda dos sintomas dura cerca de 2 semanas. Logo, a maioria das pessoas volta as atividades normais após esse período.

É necessário ficar em isolamento após o diagnóstico de Mononucleose?

Não. É importante não compartilhar copos e talheres, manter etiqueta respiratória e medidas de higiene.

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